Fazenda Boa Esperança teve apresentação de jiu-jítsu e louvor à Santa Efigênia no final de semana

No dia 16, alunos de jíu-jitsu mostraram suas habilidades marciais; no dia 17, a Guarda de Moçambique de Nossa Senhora do Rosário de Belo Vale abriu as festividades que culminam do mês de outubro os festejos de Nossa Senhora do Rosário

A Fazenda Boa Esperança recebeu duas apresentações neste final de semana. No dia 16, cerca de 70 alunos da Escola de Jiu-Jitsu, coordenados pelo professor Matheus Marques, mostraram suas habilidades marciais. No dia 17, congadeiros da Guarda Moçambique de Nossa Senhora do Rosário prestaram louvor à Santa Efigênia.

Essa é a segunda vez que os alunos de jiu-jítsu do projeto social da plataforma Pilares da Cidadania – Formação Pro-Futuro da APHAA-BV, que desenvolve práticas esportivas de inclusão social, se apresentaram na Fazenda Boa Esperança. Das 9h às 11h30, famílias com crianças que visitaram o espaço participaram da atividade, interagindo com as crianças em gincanas e brincadeiras.

Para o professor do Projeto Social, Matheus Filippy da Silva Marques, também proprietário da escola Arena Fitness, em Belo Vale, o jiu-jítsu reforça valores como trabalho em equipe, disciplina, respeito ao próximo, auto-reflexão e autoconhecimento, além de disseminar conceitos de justiça, prevenir o bullying e todo o tipo de violência. “Muitas crianças que praticam o jiu-jítsu ganharam mais confiança e melhoraram seu desempenho escolar”, afirma.

Marques destaca que o jiu-jítsu pode ser praticado por pessoas de todas as idades, desde crianças de 4 anos até pessoas com transtorno do espectro autista (TEA), síndrome de down ou dificuldade de locomoção. Os alunos do Projeto inclusive já participaram da Copa Profeta de Jiu-Jítsu – competição realizada em Congonhas que reúne atletas de diversas cidades da região – e ganharam seis medalhas de ouro, oito de prata e duas de bronze.

Louvor

“Santa Efigênia não usa coroa / Santa Efigênia não usa coroa / Ela usa usa uma toalha que veio de Lisboa / Ela usa usa uma toalha que veio de Lisboa”. Com essa estrofe de louvor à Santa Efigênia, os congadeiros da Guarda de Moçambique de Nossa Senhora do Rosário de Belo Vale abriram, no dia 17/9,  as festividades do mês de Nossa Senhora do Rosário, cujo ápice acontece no dia 8 de outubro.

Vestidos com o uniforme branco e azul e gungas amarradas nos tornozelos, e levando instrumentos típicos como caixa, patangomes, cunhas e bastão, eles mostraram seus cânticos de devoção, danças e toques característicos. O cortejo contou com reis e rainhas da Guarda e  reis e rainhas do Congo, além de com tocadores e capitães. A apresentação começa às 9 horas da manhã e dura cerca de uma hora.

A tradição já existe há mais de 150 anos. Segundo Ademir Fernandes Gonçalves Dias, 48, coordenador de projetos da associação da Guarda e zelador de Santa Efigênia, essa é uma antiga tradição que herdamos de nossos antepassados e comemoramos desde 1957, porque temos uma cultura afro-brasileira que mescla tradições africanas com o catolicismo. No último dia 7 de julho, a Guarda comemorou 66 anos.

Em Belo Vale, o Congado é representado pelas práticas culturais de duas guardas de Moçambique, ambas instituídas no século XX: a Associação do Congado Nossa Senhora do Rosário de Vargem de Santana e a Associação de Guarda de Moçambique Nossa Senhora do Rosário de Belo Vale. Ambas as formas de expressão já foram reconhecidas como Patrimônio Imaterial do município em 2016.

A Fazenda Boa Esperança está aberta à visitação, por meio do projeto “Fazenda Boa Esperança: Redescobrindo os Sentidos”. O projeto é uma realização do Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, por meio do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico de Minas Gerais (Iepha-MG). A correalização é da APPA – Arte e Cultura. Viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura. O patrocínio é da Copasa e do Instituto Cultural Vale. O apoio é da Prefeitura Municipal de Belo Vale.

Fotos: Romeu Matias/Divulgação

SAIR